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  • um estranho no ninho

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sábado, 29 de dezembro de 2012

olhar...


E meu olhar, lançava tristeza
E meu coração batendo fraco
E já era todo o meu fracasso, o que  restei de melhor
Exaltemos o pretérito perfeito!
Entrelinhas e linhas
Não sobrara espaço para tudo o que eu queria...
Havia sim essa solidão demasiado perfeita
Paixão por cristo ou em cristo?
Paixão deveras, já cristo nem tanto
Recebera eu minha dádiva; sonhar sem alcançar...
Brindemos ao pretérito mais que perfeito
Nascido há um tempo no qual não tenho tempo
E meu abraço que não alcança ninguém
Nem léxicos nem nexo
Esquizofrenia homeopática
E essa falta incessante
Vendo, mesmo sem saber
Tendo dó mesmo a quem não mereça
Sendo eu meu próprio cristo
Sereno, sentindo, seguindo
Cabendo em mim o caos do mundo
Suportara até aqui
E agora?
Qual cristo dividirá comigo?



sexta-feira, 28 de dezembro de 2012

E essa pseudo-percepção desse imenso cânion aberto talvez sempre estivera lá, porém embriagados de um torpor ou quiçá ensandecidos por devaneios não reparemos mas sempre estivera lá, ao cabo de que nos primeiros anos ao menor sinal de ruptura um segura o prego enquanto o outro o martela, e quando temos o martelo em mãos mas o prego está caído a sobriedade nos mostra o que não queríamos enxergar...
Smiths: This Charming Man
Cranberries: Linger
Joy Division: Decades



Não sei por que tenho me sentido assim, indiferente comigo um tanto mais insípido que o habitual, pouca coisa tem me alegrado e esse eterno embaraço que me abraça forte, sufocando-me, iludindo-me...
Talvez eu nunca saiba quem sou realmente ao passo de só lembrar-me de quem gosto. Lembranças de mim que não tenho, uma enfermidade perene em minha alma, uma dor taciturna, cicatrizes que só revolvem o demasiado desespero, o grito silenciado, o rolar na cama em longa noite, os minutos que passaram e os que estão porvir, iguais na mesma invisibilidade, a sombra reduzida por ser o ser já tão pequeno...
Uma luta contra e não pela vida, um riso débil e gélido igualmente o coração, penso que seja a amargura minha essência já tão insignificante, o sono invertido, pois de dia pareço ainda pior, uma falta do que não sei, uma busca incessante pelo desconhecido e as poucas palavras que anoto não são capazes de registrar o que realmente sou ou sinto...
Nem sei por que demasiado teimosia tenho em tentar garatujar pensamentos tão tortuosos ao passo que me perco sempre mais um pouco quando tento me encontrar um pouco mais, sinto que esta teimosia seja a irmã perfeita da minha ignorância e esta imperfeição em meus atos e a empresa de minha vida covarde não pede falência...
Mas sei que entre essas reticências está meu sentido e que ainda não consegui descrever...

Outro


Tenho sido esse outro
Heterônimo sem nome
Absorto em letras vís
Tendo a noite por companhia
Errante, pensamento e ser
Seguindo sem saber
Abjeto

Tenho sido esse outro
Incrustado em solidão
Melancodrama dramacolia
Cavaleiro das sombras
Ceifando sem cessar
Minha lucidez taciturna
Acerbo

Tenho sido esse outro
Acintosamente insolente
Incompleto por plenitude
Tentando esquecer o indelével
Essas notas plúmbeas
Na plêiade sem predicados
Convalescido

Tenho sido esse outro
Pregador pregado em cruz alheia
Fustigado por muitos de mim
 A lágrima que grita a dor
Presa a meu peito, perene
Pujante é  meu clamor
Puro


terça-feira, 25 de dezembro de 2012


Quando eu morrer não quero ninguém no meu enterro, não quero discursos muito menos dizeres que amenizem o que realmente fui.
Não quero que digam:
 - Morreu ai um bom homem, trabalhador, Pai de família, não quero nem preciso dessa mesquinhez, quero apenas o que mereço; a verdade.
Digam: ­-
Morrera ai um homem, sem valor algum, um ébrio nas horas vagas, um farrapo que não lutou pela própria vida, um homem que conheceu o amor, mas que nunca soube expressá-lo.
Um infeliz que por felicidade nada teve; uma família desfeita, e o que dizer da embriaguez dos últimos dias?
Um homem que por merecimento deveria ser enxovalhado todos os dias, um homem sem adjetivos que possam nomeá-los um ser desprezível e desprazível, um amontoado de complexos invisíveis, um ser que não merecia nem o ar que respirou.
O que dizer então o que fizera ao filho?
Nunca o abraçou, nunca o beijou nunca lhe dissera o quanto era importante, e por mais que tenha feito isto pouco fora para lhe confortar, para realmente expressar o que sentia.
Verdade que o filho também se afastara e nunca se pode afirmar quem se afastara primeiro...
Restou-lhe apenas a consciência que bate cobra, mas nada oferece em troca. Ficou esse dissabor perene uma vida toda de desventuras, um magoar sem fim aos corações alheios já que o seu nunca existiu.
O que dizer da namorada, ficou a esperar uma mudança que nunca viera, rezou, orou, permaneceu enquanto pode ao seu lado, mas como ajudar quem já não quer ajuda? Como fazer viver quem já não tem vida?
Todos podem dizer e dirão que ainda assim não tinha ele motivos para tanto, mas só ele, seu quarto e suas paredes sabiam e comungavam do mesmo mal.
Portanto antes de julgar, como o é mais fácil e conveniente, vejam vocês os erros que cometem as pequenas discussões diárias que somadas enfadonha qualquer relação, os beijos não dados, os abraços não apertados, vigiai!!!
Pois o que mata o homem não é o que não se tem, mas sim o que se tem e não se conserva; o Amor.





segunda-feira, 16 de julho de 2012

Ceará


Voltando as raízes de um Ceará que me corre apenas nas veias e nunca me percorrera os pés, pego dessa aguardente benfeita, benévola, condescendente que me embriaga carrega e leva minha alma a passear por este deserto de minha vida. Não menos que sinto é o que escrevo em tortas linhas aos olhos que predizem desatentos despercebidos passeando uma vida inteira de malogrados passos em falso, cadafalso que burlo todo dia que insiste em ter minha alma fora de minha ignóbil, contudo; surrada carcaça, ao passo de enfrentar demônios diários em pelejas áridas com falta de água menos de sangue, sangue o mesmo que me infla as artérias a fim de fazer pulsar o músculo em meu peito que se desfaz em dor, mas refaz o amor todo dia ao deitar e levantar. Pode até faltar compreensão só não falta à verossimilhança e a força com que dito estes vocábulos aos ventos na espera que encontrem ouvidos rejeitados a entender tal enigma. Nem mesmo sei se valha algum átimo de tempo desprender e empregar tanto tempo em tal empresa que por premissa já nascera desmantelada calidamente falida, tiro então das ranhuras de minha alma a raspa que falta para me fechar a cova aberta em campo de outros, pois de terra nada tenho que não toda terra que há! Por falta de carimbos e reconhecimento de mim e de tantos outros iguais a mim é o motivo pelo qual sofro resoluto, resignado a aguentar sem poder tanto açoite de quem nada faz, mas tudo tem. Herói sem capa trabalhador sem paga Macunaíma contemporâneo, porém com caráter; o meu somado ao dele, quiçá mais feliz seria se herdado também tivesse sua falta de caráter!   Deixemos de lado essa pagina e voltemos; 2012! Quem dera ter sido ter tido ter feito o que queria quando não tinha e faltado dizer quando em posse minha tivesse o que sempre me faltara; justiça! Não peço nunca quisera muito somente ver felizes meus iguais em agonia e alegria, nunca entenderiam se houvessem nunca diriam, pois dizer só quem sabe que falar já o é então tudo!

sábado, 14 de julho de 2012

O Malogro


O malogro dos acontecimentos é que torna a voz um tanto quanto áspera. Contava alguns anos do mesmo pesar e sofrer chegara a desconfiar mesmo se a justiça se fazia cega ou por se enxergar é que era tão injusta ao passo de que tantos episódios ruins findassem nunca. Antes e depois pra sempre e agora isso era o que alimentava-lhe a alma já tão vazia de calma.Adormecer de fato sem nada sonhar ou pensar era seu único desejo porém com o fechar das pálpebras vinha-lhe logo o mesmo sonho enfadonho, dissipar-lhe o pouco de sossego que tinha, Qual sossego! A mesma impotência de sempre “gigante pela própria natureza”, sentia-se assim desde quando se deu por gente ou como gostava de mencionar “ uma carcaça cheia do vazio dos outros”, não conseguira nunca compreender nem mesmo ser compreendido dilemas diários eternos, condescendentes e o mesmo devaneio de sempre lhe visitara a pedir de uma vez a alma vexada e cansada da pobre carcaça. Contudo amava por demais e ainda mais um tanto tudo o que tinha, sentia que não era notado, mas por demais  lhe doer externar sentimentos então guardava-os consigo e isso era toda sua essência; um eremita contemporâneo. Continha às lágrimas publicas para então derramá-las em sua concha, não havia de perturbar outrem com suas míseras gotículas salgadas, essa penitência lhe era tão sua que já o fazia tão inconsciente quanto lhe era inconsciente respirar. Por mais de uma vez quisera dar cabo de si, mas mesmo não sendo notado estimava por demais os que amava que logo lhe ia embora tal ideia. Tentara remediar, porém nem os mais altos alquimistas descobriram remédio para tal moléstia e com ímpeto de virar as páginas de sua vida avidamente para ir ter logo um final ainda que triste, mas deveras um final, pegara no sono, a luz acesa, ao lado da cama a prata fundida em punhal; resoluta, esperando apenas que uma mão sem governança lhe cravasse no peito matando enfim sua sede por sangue e concomitantemente deixando esvair a alma calejada da pobre carcaça não menos surrada.


sábado, 30 de junho de 2012

a vida não é muito senão tudo, somos nossos sonhos , vivemos nossas mentiras, magoando e sendo magoados. ainda assim a vida não é muito senão tudo, um par de chinelos de dedo, uma calça surrada, a velha camisa desbotada e já sem botão mas repleta de afeição e amor próprio revela muito mais do que parece. aquele velho refrão que faz lembrar e concomitantemente deságuam as lágrimas mais puras por querer voltar no tempo-espaço deste mesmo refrão. caminhamos carregamos e somos carregados ao passo de não sabermos onde e nem se queremos chegar.Todavia, mais difícil do que chegar; certamente é partir.

ainda...

Ainda sinto o cheiro da pólvora, e o estridente eco que reverbera em meus ouvidos...
Ainda sinto o gosto da vodka, mesmo não sendo filho da mãe Russia e estando tão longe dela...
Ainda sinto o peso do meu pesar pesando por sobre meus ombros, insanidade ou covardia...?
Ainda sinto que fiz querendo não fazê-lo...
Ainda ouço meu grito louco, rouco, pouco...
Ainda ...

quarta-feira, 27 de junho de 2012

Eu me vejo em você



Eu me vejo em você
Por isso nosso amor é tão real e verdadeiro
Quando fazemos amor alcanço o infinito
Seu corpo meu refugio; recanto de paz
E os arrepios e delírios que me provocas
Nunca dantes senti
Seu corpo minha alma; nossos corações
Batidas uníssonas; cadência perfeita
Seu toque me eleva
Seu beijo me enlouquece
Seu amor amor me faz
Estar com você e só à paz de estar junto a ti
Faz com que eu deite essas simples palavras
Na busca por encontra léxicos
Que consigam adjetivar
Meu amor por você
Seus olhos; espelhos d’água
Reflete bem mais que a luz do sol
Teu abraço conforto e desejo
Teu gosto teu perfume
Em mim agora e pra sempre

Abocanhando, abalroando
Branco, bicolor
Coração, consternado
Delírio desolado
Estranho em transe
Fraqueza franca
Grandiosamente grotesco
Hermeticamente hostil
Ingenuamente inerte
Jaz jogado
Languida lua
Modestamente mesquinho
Notoriamente nulo
Orgulhosamente obsoleto
Plumas pungentes
Quiproquó quimérico
Razoavelmente ruim
Solitariamente soturno
Taciturnamente transtornado
Usurário usual
Vitoriosamente vencido
Xucramente xexelento
Zé-ninguém zureta