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  • um estranho no ninho

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quarta-feira, 29 de fevereiro de 2012

Aquoso

Aquoso
Eu, coadjuvante de mim
Esperando a chuva cair
Mirando o tempo passar

Iludindo meu reflexo ante o ohlepseespelho
Contando os minutos; solitários iguais a mim
Passando o dedo na borda do copo

Na fumaça teu semblante
Na memoria tua imagem; esse arsenal de coisas boas

E , esse boato feito bruma, bucólico
Da sua volta em mim
Meu sentimento cabalístico nem sei se cabe
Ao cabo desta solidão cabal

O amor; a mim antípoda
Felicidade apoucada
Angústia aprumada
E essa dor aquietante

Cidade

Nem vicio nem virtude
Que me eleve ou cure
Os doutores sem diploma
Pelas marquises da cidade

Os diplomados por conhecimento
Conhecem onde machucar

Da janela do prédio a criança avista
Seu reflexo adornado em pesadelo
Os pés descalços o solo quente
A mão pequenina estendida
O corpo fino, a fome larga
A inocência perdida
No colorido cinza da cidade...
Assim como me é forçada essa sobriedade de minha meia idade

Resta esta fragmentação da minha infância;onde

O cheiro e as cores na memória

Me levam a crer que a sofreguidão

Inerente a adolescência, volta invertida

Quando cruzamos metade da nossa reta...