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  • um estranho no ninho

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sábado, 30 de junho de 2012

a vida não é muito senão tudo, somos nossos sonhos , vivemos nossas mentiras, magoando e sendo magoados. ainda assim a vida não é muito senão tudo, um par de chinelos de dedo, uma calça surrada, a velha camisa desbotada e já sem botão mas repleta de afeição e amor próprio revela muito mais do que parece. aquele velho refrão que faz lembrar e concomitantemente deságuam as lágrimas mais puras por querer voltar no tempo-espaço deste mesmo refrão. caminhamos carregamos e somos carregados ao passo de não sabermos onde e nem se queremos chegar.Todavia, mais difícil do que chegar; certamente é partir.

ainda...

Ainda sinto o cheiro da pólvora, e o estridente eco que reverbera em meus ouvidos...
Ainda sinto o gosto da vodka, mesmo não sendo filho da mãe Russia e estando tão longe dela...
Ainda sinto o peso do meu pesar pesando por sobre meus ombros, insanidade ou covardia...?
Ainda sinto que fiz querendo não fazê-lo...
Ainda ouço meu grito louco, rouco, pouco...
Ainda ...

quarta-feira, 27 de junho de 2012

Eu me vejo em você



Eu me vejo em você
Por isso nosso amor é tão real e verdadeiro
Quando fazemos amor alcanço o infinito
Seu corpo meu refugio; recanto de paz
E os arrepios e delírios que me provocas
Nunca dantes senti
Seu corpo minha alma; nossos corações
Batidas uníssonas; cadência perfeita
Seu toque me eleva
Seu beijo me enlouquece
Seu amor amor me faz
Estar com você e só à paz de estar junto a ti
Faz com que eu deite essas simples palavras
Na busca por encontra léxicos
Que consigam adjetivar
Meu amor por você
Seus olhos; espelhos d’água
Reflete bem mais que a luz do sol
Teu abraço conforto e desejo
Teu gosto teu perfume
Em mim agora e pra sempre

Abocanhando, abalroando
Branco, bicolor
Coração, consternado
Delírio desolado
Estranho em transe
Fraqueza franca
Grandiosamente grotesco
Hermeticamente hostil
Ingenuamente inerte
Jaz jogado
Languida lua
Modestamente mesquinho
Notoriamente nulo
Orgulhosamente obsoleto
Plumas pungentes
Quiproquó quimérico
Razoavelmente ruim
Solitariamente soturno
Taciturnamente transtornado
Usurário usual
Vitoriosamente vencido
Xucramente xexelento
Zé-ninguém zureta

Noite após dia



Esse rancor rançoso
Que radia de meu peito
Anos de solidão me tornaram ausente em sentimento
Desde o inicio foi meu fim que vislumbrei primeiro
As batidas descompassadas incompreendidas
E o sermão que me proferem
Só me tornam mais estático
Este auto-desprezo me é suficiente
Crescera em mim dia após noite
Esse vírus em mim taciturno
Não me lembro se algum dia fora feliz
Ausência de infância, ausência de carinho
Retirado em conta-gotas
Tornara-me esse monstro invisível
Ranhuras no corpo e alma
Minha fala já sem fala
Grita emudecidamente em meus ouvidos
Por que ainda estou vivo sem estar?
Não, ninguém seria capaz de entender
Um coração faltoso aos olhos do mundo
Mas só eu sei a falta que não me faço
E todo esse embaraço, deitado em minha cama
Noite após dia

Todo dia



Desajeitado meu jeito quase sem jeito
Cambaleando, tropeçando
Cada dia um tapa a mais
A cada tapa a incerteza
No peito a mesma dor
O amor passou
Meu coração; solo infértil
Traduz toda essa contemporaneidade
Nos cantos da cidade meu canto não ecoa
Viajante sem destino
A vela que o vento leva
Em cada rua uma corredeira
Que deságua só nesse oceano em meu peito
Na cidade fantasma, sou eu o único espectro
Sombra sem luz
E a perfeita imperfeição das palavras que profiro
Sutilmente inútil
Solidão provisória, permanece permanente
Minha pior fase, vivida todo dia