Um certo eu lírico...
Incompreendido, incomensurável, incompreensível
No peito um coração quebrado, insensivelmente sensível
Cercado por convenções e protocolos... Dos quais não fizera
parte na ata...
Cerceado, ser e espírito... Preso às leis de Deus e do
homem...
Tanta reticência em não saber corretamente o errado
Em constante metamorfose, de casulo em casulo, mas nunca em
larva
Esconder-se é viver protegido, ante tanta ignorância...
Ideais utópicos em meio a uma realidade distorcida
embrenhada em ingratidão...
Estar-se só é um alivio, quando não se é depreendido
realmente
Falta aos outros a verossimilhança de seu universo torto,
tosco, turvo e torpe...
Semelha-se a um gago,
que nunca se faz entender...
Semelha-se a um figurante, que nunca se faz perceber...
Semelha-se a um vazio, que nunca se faz preencher...
Semelha-se a um dilema, que nunca se faz resolver...
Semelha-se a si mesmo, que nunca se faz entender...
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