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  • um estranho no ninho

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domingo, 13 de maio de 2012

Arco-íris
Este arco-íris gris e negro
Incrustado em mim pela vida
Que jocosamente me irrita
Propaga impropérios cênicos
Atos tiranos, sádicos
Esse ar ao meu redor esfumaçado
A esperança viva por teimosia
Sem maior explicação
Minha revolta sem bandeira
Minha bandeira; nação de um só corpo
Os pensamentos bons engolidos vorazmente...
A mão que a mim nunca se estende
Do braço de quem espero
Este sufoco que mata mais me deixando vivo
Todo dia um suplício
Penitencia acordar
Vislumbrar não mais que o nada
Que sempre permeou minha existência
A alegria não me cabe
Por querer tão pouco e não
Merecer nada...

sexta-feira, 4 de maio de 2012

Talvez


Talvez eu nem seja um bom filho
Quiçá eu nem seja um bom pai
Queria expressar-me, mas falta-me agora o fôlego.
Este lápis e papel cansaram-se das minhas queixas
E já nem sei se tudo isso importa ou faz sentido
Posto em mim esta angustia seja latente
Mesmo meu tudo, pouco me parece.
E os dias que se arrastam até alta noite
O escuro me é dez vezes mais sombrio
A prata da lua é pouca, semi- luz em minha estrada.
E esta obsessão em ficar-se ébrio
Machuca mais do que comove
E esta suposta força e coragem
Nem sei se me pertenceram algum dia
Porque falar me é difícil?
Esse nó na garganta de longa data
Não sei quem atou nem sei se desata
Intenção boa, ação contrária.
E nunca quis que entendessem...
Somente compreensão!
Acho justa paga por meu doloroso passado
Não é vitimizar meu ser
Apenas tento explicar o inexplicável
O que possuo na vida realmente é meu?
Caridade ou merecimento?
A resposta virá quando a pergunta certa for feita...
Disseram-me...
E entre tantas cores pra pintar, só o cinza me abraça

O VÂO

O vão que não passa um corpo
O vão no corpo que não fecha
O vão na boca que não fala
 O vão da janela que se abre
O vão da cortina que se fecha
O vão por onde entra a luz
O vão por onde sai o som
O vão por onde entra o pensamento
O vão por onde sai à ação
 O vão por onde escapa a lagrima
O vão por onde entra a espada
O vão na mão por onde passa a água
O vão no teto por onde sai a fumaça
 O vão da porta aberta por onde sai o segredo
O vão em vão não passa
O vão a fresta a brecha
 No coração todo mundo tem
Um vão por onde entra o amor e sai à solidão
O vão no livro aberto em pagina qualquer
O drible grande no vão pequeno
O passo pequeno no vão gigante
O vão grande de criança
O pequeno vão de adulto
O vão certo pelo vão incerto
E que o vão do saber esteja sempre aberto
O vão da poesia e não do poeta
Do poeta esse vão aberto; incompleto.
O vão no braço da Vênus
O vão em vão não passa
O  vão de um pai; o filho fecha
O vão conducente o vão clemente
O vão do pecado original; incluindo todos nós no mesmo vão.
Em 33 linhas vãs, a tentativa de explicar meu vão.