Talvez eu nem seja um bom filho
Quiçá eu nem seja um bom pai
Queria expressar-me, mas falta-me
agora o fôlego.
Este lápis e papel cansaram-se
das minhas queixas
E já nem sei se tudo isso importa
ou faz sentido
Posto em mim esta angustia seja
latente
Mesmo meu tudo, pouco me parece.
E os dias que se arrastam até
alta noite
O escuro me é dez vezes mais
sombrio
A prata da lua é pouca, semi- luz
em minha estrada.
E esta obsessão em ficar-se ébrio
Machuca mais do que comove
E esta suposta força e coragem
Nem sei se me pertenceram algum
dia
Porque falar me é difícil?
Esse nó na garganta de longa data
Não sei quem atou nem sei se
desata
Intenção boa, ação contrária.
E nunca quis que entendessem...
Somente compreensão!
Acho justa paga por meu doloroso
passado
Não é vitimizar meu ser
Apenas tento explicar o inexplicável
O que possuo na vida realmente é
meu?
Caridade ou merecimento?
A resposta virá quando a pergunta
certa for feita...
Disseram-me...
E entre tantas cores pra pintar,
só o cinza me abraça
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