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  • um estranho no ninho

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sábado, 29 de março de 2008

Astarofh




E meu demônio teimava em fazer-me sofrer derrubando sobre mim toda sorte de dor, trazendo-me lembranças das quais eu nunca me esquecera, contudo eu desejava dissipar minha frustração porem ele exigia meu sofrimento como que droga fosse, na qual ele era viciado fustigando muito mais do eu podia suportar.
Tanto tempo perdido quanta coisa inacabada esses pensamentos que há muito me assolam rasgando-me as entranhas sugando minha ultima gota de força e sangue sempre conseguiram me amordaçar tirando-me a vontade de viver deixando o dissabor perene cortar dia após dia o pobre do meu coração, deveras.
Sim, deveras, a felicidade é uma palavra arcaica e não coabita meu espírito tampouco reside em min’alma e minha confidente não se faz presente nesses conflitos internos.
Tentei confabular com meu demônio inutilmente, pois o déspota sádico torcia pela minha queda e eu já despido de qualquer alegria sufocava agora no próprio amor vertido numa mistura de ódio e depressão próprios de mim esse ser insípido, todavia essa avidez sentida sempre, quase que natural sem o ser, me machuca muito posto que não consigo vencê-lo e muito menos falar a ninguém como me sinto ,convalesço e assim agüento essa tortura diária que me abate de tempos em tempos e me sangra o coração.
Como me explicar se eu não me entendo?Onde obter forças para digladiar com esse
impuro demônio? Todavia eu nunca quis e tão pouco achei merecedor de tanto desprezo da vida e do meu coração que me atormenta- é bem verdade – me incube
de fazê-lo feliz sendo que o próprio nunca o fora .Ao invés de me compreender me ensandece imputando-me toda a culpa sem eu nada ter feito posto que a vida sempre me açoitara com tanto fervor que agora meu demônio ao saber dessa passagem sente seu principal dom- a inveja- e ao ver que a vida lhe furtara meu sofrimento decide me abandonar e me espanca com ímpeto maravilhoso, doloroso mais ainda assim belo
me deixa caído e tem a certeza de que sou eu o ser mais insípido dessa terra e vê esvair meu sangue antes adorado agora podre e impuro pertencente a vida minha vida que me aprisiona e ainda assim me apaixona com o amor dos amantes que de tão forte chega a sangrar-lhe as almas .
Assim como o fim desse testemunho é confuso também sou eu e ainda mais a minha vida e nem vos digo como se porta meu pobre , fustigado e impuro coração.

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