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  • um estranho no ninho

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segunda-feira, 16 de julho de 2012

Ceará


Voltando as raízes de um Ceará que me corre apenas nas veias e nunca me percorrera os pés, pego dessa aguardente benfeita, benévola, condescendente que me embriaga carrega e leva minha alma a passear por este deserto de minha vida. Não menos que sinto é o que escrevo em tortas linhas aos olhos que predizem desatentos despercebidos passeando uma vida inteira de malogrados passos em falso, cadafalso que burlo todo dia que insiste em ter minha alma fora de minha ignóbil, contudo; surrada carcaça, ao passo de enfrentar demônios diários em pelejas áridas com falta de água menos de sangue, sangue o mesmo que me infla as artérias a fim de fazer pulsar o músculo em meu peito que se desfaz em dor, mas refaz o amor todo dia ao deitar e levantar. Pode até faltar compreensão só não falta à verossimilhança e a força com que dito estes vocábulos aos ventos na espera que encontrem ouvidos rejeitados a entender tal enigma. Nem mesmo sei se valha algum átimo de tempo desprender e empregar tanto tempo em tal empresa que por premissa já nascera desmantelada calidamente falida, tiro então das ranhuras de minha alma a raspa que falta para me fechar a cova aberta em campo de outros, pois de terra nada tenho que não toda terra que há! Por falta de carimbos e reconhecimento de mim e de tantos outros iguais a mim é o motivo pelo qual sofro resoluto, resignado a aguentar sem poder tanto açoite de quem nada faz, mas tudo tem. Herói sem capa trabalhador sem paga Macunaíma contemporâneo, porém com caráter; o meu somado ao dele, quiçá mais feliz seria se herdado também tivesse sua falta de caráter!   Deixemos de lado essa pagina e voltemos; 2012! Quem dera ter sido ter tido ter feito o que queria quando não tinha e faltado dizer quando em posse minha tivesse o que sempre me faltara; justiça! Não peço nunca quisera muito somente ver felizes meus iguais em agonia e alegria, nunca entenderiam se houvessem nunca diriam, pois dizer só quem sabe que falar já o é então tudo!

sábado, 14 de julho de 2012

O Malogro


O malogro dos acontecimentos é que torna a voz um tanto quanto áspera. Contava alguns anos do mesmo pesar e sofrer chegara a desconfiar mesmo se a justiça se fazia cega ou por se enxergar é que era tão injusta ao passo de que tantos episódios ruins findassem nunca. Antes e depois pra sempre e agora isso era o que alimentava-lhe a alma já tão vazia de calma.Adormecer de fato sem nada sonhar ou pensar era seu único desejo porém com o fechar das pálpebras vinha-lhe logo o mesmo sonho enfadonho, dissipar-lhe o pouco de sossego que tinha, Qual sossego! A mesma impotência de sempre “gigante pela própria natureza”, sentia-se assim desde quando se deu por gente ou como gostava de mencionar “ uma carcaça cheia do vazio dos outros”, não conseguira nunca compreender nem mesmo ser compreendido dilemas diários eternos, condescendentes e o mesmo devaneio de sempre lhe visitara a pedir de uma vez a alma vexada e cansada da pobre carcaça. Contudo amava por demais e ainda mais um tanto tudo o que tinha, sentia que não era notado, mas por demais  lhe doer externar sentimentos então guardava-os consigo e isso era toda sua essência; um eremita contemporâneo. Continha às lágrimas publicas para então derramá-las em sua concha, não havia de perturbar outrem com suas míseras gotículas salgadas, essa penitência lhe era tão sua que já o fazia tão inconsciente quanto lhe era inconsciente respirar. Por mais de uma vez quisera dar cabo de si, mas mesmo não sendo notado estimava por demais os que amava que logo lhe ia embora tal ideia. Tentara remediar, porém nem os mais altos alquimistas descobriram remédio para tal moléstia e com ímpeto de virar as páginas de sua vida avidamente para ir ter logo um final ainda que triste, mas deveras um final, pegara no sono, a luz acesa, ao lado da cama a prata fundida em punhal; resoluta, esperando apenas que uma mão sem governança lhe cravasse no peito matando enfim sua sede por sangue e concomitantemente deixando esvair a alma calejada da pobre carcaça não menos surrada.