Voltando
as raízes de um Ceará que me corre apenas nas veias e nunca me percorrera os
pés, pego dessa aguardente benfeita, benévola, condescendente que me embriaga
carrega e leva minha alma a passear por este deserto de minha vida. Não menos
que sinto é o que escrevo em tortas linhas aos olhos que predizem desatentos despercebidos
passeando uma vida inteira de malogrados passos em falso, cadafalso que burlo
todo dia que insiste em ter minha alma fora de minha ignóbil, contudo; surrada
carcaça, ao passo de enfrentar demônios diários em pelejas áridas com falta de
água menos de sangue, sangue o mesmo que me infla as artérias a fim de fazer
pulsar o músculo em meu peito que se desfaz em dor, mas refaz o amor todo dia ao
deitar e levantar. Pode até faltar compreensão só não falta à verossimilhança e
a força com que dito estes vocábulos aos ventos na espera que encontrem ouvidos
rejeitados a entender tal enigma. Nem mesmo sei se valha algum átimo de tempo
desprender e empregar tanto tempo em tal empresa que por premissa já nascera
desmantelada calidamente falida, tiro então das ranhuras de minha alma a raspa
que falta para me fechar a cova aberta em campo de outros, pois de terra nada
tenho que não toda terra que há! Por falta de carimbos e reconhecimento de mim
e de tantos outros iguais a mim é o motivo pelo qual sofro resoluto, resignado
a aguentar sem poder tanto açoite de quem nada faz, mas tudo tem. Herói sem
capa trabalhador sem paga Macunaíma contemporâneo, porém com caráter; o meu
somado ao dele, quiçá mais feliz seria se herdado também tivesse sua falta de
caráter! Deixemos de lado essa pagina e
voltemos; 2012! Quem dera ter sido ter tido ter feito o que queria quando não
tinha e faltado dizer quando em posse minha tivesse o que sempre me faltara;
justiça! Não peço nunca quisera muito somente ver felizes meus iguais em agonia
e alegria, nunca entenderiam se houvessem nunca diriam, pois dizer só quem sabe
que falar já o é então tudo!
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