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  • um estranho no ninho

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domingo, 30 de outubro de 2011

Sentei comecei a garatujar, a boa musica que tocava e a fumaça do incenso que me entorpecia fizeram-me divagar sobre o quanto a vida é cômica pra não dizer trágica não sabia se iria sair algo sem tão pouca vontade de viver resolvi esperar e quanto mais o vento soprava mais eu inalava aquela bruma cabalística que eu inflava a plenos pulmões e que me aquecia da brisa úmida...

Passei um tempo lutando e imaginei ter vencido meus demônios conquanto não ponderei que estavam apenas e tão somente adormecidos e os sonhos confusos e constantes vieram explanar o que não tinha explicação à medida que as estrelas começavam a surgir em meio a nuvens carregadas de uma tempestade apocalíptica ao fechar os olhos as mesmas visões de um passado não tão distante vinham perseguir minha mente sã quando não esquizofrênica.

Apertei o passo em direção a cama na esperança de adormecer sem sonhar; não queria rever tais imagens. Mas ao mesmo tempo em que a luz ia expirando também exauria minha lucidez que agora era meu ultimo suspiro de vida na tentativa de realmente derrotar meus maus espíritos.

Virei de um lado para o outro e ao ver que nada me faria adormecer levantei-me e sem razão aparente me vi como um espectro que saira do corpo e vi sentado a meu lado uma figura angelical de uma paz que transcendia a este tempo e espaço, pegou pelo meu braço e sem dizer uma palavra convidou-me a sair.

Pensei estar sonhando, mas senti uma ataraxia que me encheu por completo e ao ver ali minha já tão sofrida carcaça resolvi flutuar com meu guia.

Decerto após algum tempo vagando chegamos a um lugar familiar que eu já havia visto em algum sonho certamente, a figura alva de uma paz pertubadora estendeu-me a mão e passou-me um livro no qual ao abri-lo verifiquei que as duas ultimas paginas estavam em branco, mas assim como não compreendi essa falta também não consegui depreender os signos ali timbrados ao ver minha ignorância a tal criatura deu-me um copo traguei o liquido e então as letras começaram a fazer sentido e percebi que era o livro da minha vida só que ao invés de ficar aliviado o torpor foi disseminando e toda sorte de dor e angustia invadiu meu peito, tentei fechar o livro em vão pois as paginas em branco agora já estavam escritas e como um déjà vu não consegui fazer sentido disso.

E as ultimas palavras diziam o que eu sempre procurei obter mas que ao alcançar desejei nunca ter me perguntado...

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