Esse barroco sombrio de minha catedral gótica
Seria de bom grado se me acalmasse a angustia
A lucidez é absurdamente imoral
Amores infelizes impedem a locomoção
Meu amor infante, minha dor infame
E no peito a saudade que tal qual brisa
Atua nesse teatro de horrores
Suposições despertam interesses
Pela vida, pelo amor, pela dor
Qualquer dia igual ao outro
A decadência brinda-nos; vinho tinto
Esse monstro branco, pálido, ainda vive
Permeia meus sonhos; sentimentos tristes
Palavras cheias de adereços, destruídas no incêndio da alma
Viagem turva só de ida
O velho abismo revivido sempre que digo seu nome
Por que me feristes se não me curarias?
O terror e o temor em meu peito
Faço da luz escuridão
Sublimando amor em dor
Flor d’alma em meu peito confessional
O divorcio da vida; um gole de cicuta
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