Esse rancor rançoso
Que radia de meu peito
Anos de solidão me
tornaram ausente em sentimento
Desde o inicio foi meu
fim que vislumbrei primeiro
As batidas
descompassadas incompreendidas
E o sermão que me
proferem
Só me tornam mais
estático
Este auto-desprezo me é
suficiente
Crescera em mim dia
após noite
Esse vírus em mim
taciturno
Não me lembro se algum
dia fora feliz
Ausência de infância,
ausência de carinho
Retirado em conta-gotas
Tornara-me esse monstro
invisível
Ranhuras no corpo e
alma
Minha fala já sem fala
Grita emudecidamente em
meus ouvidos
Por que ainda estou
vivo sem estar?
Não, ninguém seria
capaz de entender
Um coração faltoso aos
olhos do mundo
Mas só eu sei a falta
que não me faço
E todo esse embaraço,
deitado em minha cama
Noite após dia
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