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  • um estranho no ninho

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quarta-feira, 6 de julho de 2011

Cova aberta

Não quero mais nada que não adormecer profundo
Tristeza sentida em minha prece
No peito o ardor da febre
Ultimo suspiro de meu coração

Em seio amado e querido, um dia encontrei abrigo
Mas à luz do sol da saudade, sequei tal qual um lago
E meu amor amigo me abandonou

N caminho de volta a mim
Sem saber quem sou ou fora
Lembranças regozijam de meu pranto
Furtando-me o sono, deixando inquietação

E o suspiro desejado de outrora
Hoje por possuir; não queria
Pois com você partira minha alma
Deixando vazia minha carcaça, à espera da cova aberta

E a dama da noite viera
Na mais linda lua cheia
Deitar-me no seio da terra
Por sofrimento maior, deixaria-me vivo

Mas até os deuse sentiram; a urgência de minha partida...

terça-feira, 5 de julho de 2011

Diz pra ela

Diz pra ela que o que eu sinto é verdadeiro...

Que sem ela eu apenas vagueio pelo mundo...

Que eu já vi nosso futuro, uma casinha com varanda, pomar e roseiras...

Perto da praia, areia fina e branca...

A noite, a lua por cúmplice da nossa paixão...

Desejando não ter nunca um fim nossa historia de amor...

Vento sussurre ao seu ouvido que sem ela eu não vivo...

Vai beija-flor, bater suas asas a beira de sua janela...

Diga que espero sua volta cada dia mais e mais...

Pois meu coração já não mais me pertence...

domingo, 3 de julho de 2011

Fico eu assim sozinho dentro de mim
Tentendo lutar contra ela, que sempre esteve comigo
Oh! mas quão ingrato me mostro, tentando disfarçar
O que nunca teve disfarce, sempre fora assim
O cavaleiro solitário, feio e tosco

Observando pela fresta da porta, a vida viver lá fora
Sem saber onde começo ou termino
Eremita por essência; cingido de dor e falta
Falta que me fizeste assim; oco e já caído
O choro sempre em silêncio, prostrado, penitente

De uma dor que nunca passa, pintura inacabada
Por companheira somente ela, dentro de mim incrustada
O dorso nú, à espera pelo castigo
O que sinto já nem sei adjetivar
Deveras; não menos que Amor!!!!

quarta-feira, 29 de junho de 2011

Pungência

Infinita força vã, de pouca monta se mostra
Temeridade benevolente, singela malvadez
Toda minha essência solidão
Quem me dera fosse promíscua
Habitaria outros corpos
Ora que fosse! Mas não; casta, pura e santa
Não visita outra, que não minha carcaça

Quão ardiloso erro não admitir a mim mesmo
Que a muitos brilha o sol, raios ternos que aquecem
Quanto a mim brilha-me a treva, lâmina fina e gélida
Há muito a solidão me carrega
Mas dela não faço escora
Por ser então a minha paga

Dor

Demasiada dor descompassada
Anos vagando na penumbra
Sofrí com um amor miserável
Mísero fiquei também

O coração lasso, trôpego
Cingido de dor, caído
Enchí de vazio meu peito
Bradei em mais alto silêncio

Embrenhado, temo não mais voltar
Solidão hermética; firme
Teima em não mais me deixar
Eu me entreguei; talvez não fosse o momento
Havia tempos que não sentia-me assim
E quis; lutei; não alcancei vencer meu coração
Você mostrou-se maior; mais forte
Paixão em minha vida; me puseras de volta

Palavras doces; abraços ternos; beijos iguais

Eu me entreguei; você me conquistou
E como um sonho realizado; fiquei com você
Mas logo veio a realidade; cobrar-me o que sempre fui
Você se fora...
Sozinho sou, sozinho fui; sozinho estou...
Imensurável dor me provocas a tua ausência
Machuca-me mais por não saber quanto de mim está em você
Posto que em mim tu és mais que a metade
Decerto o que tenho a oferecer pouco lhe pareça
Talvez eu não consiga alcançar teu coração
Assim como tocastes o meu...
Ao menos uma vez senti-me completo
E fora ao seu lado que me sentira feliz...