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sábado, 14 de julho de 2012

O Malogro


O malogro dos acontecimentos é que torna a voz um tanto quanto áspera. Contava alguns anos do mesmo pesar e sofrer chegara a desconfiar mesmo se a justiça se fazia cega ou por se enxergar é que era tão injusta ao passo de que tantos episódios ruins findassem nunca. Antes e depois pra sempre e agora isso era o que alimentava-lhe a alma já tão vazia de calma.Adormecer de fato sem nada sonhar ou pensar era seu único desejo porém com o fechar das pálpebras vinha-lhe logo o mesmo sonho enfadonho, dissipar-lhe o pouco de sossego que tinha, Qual sossego! A mesma impotência de sempre “gigante pela própria natureza”, sentia-se assim desde quando se deu por gente ou como gostava de mencionar “ uma carcaça cheia do vazio dos outros”, não conseguira nunca compreender nem mesmo ser compreendido dilemas diários eternos, condescendentes e o mesmo devaneio de sempre lhe visitara a pedir de uma vez a alma vexada e cansada da pobre carcaça. Contudo amava por demais e ainda mais um tanto tudo o que tinha, sentia que não era notado, mas por demais  lhe doer externar sentimentos então guardava-os consigo e isso era toda sua essência; um eremita contemporâneo. Continha às lágrimas publicas para então derramá-las em sua concha, não havia de perturbar outrem com suas míseras gotículas salgadas, essa penitência lhe era tão sua que já o fazia tão inconsciente quanto lhe era inconsciente respirar. Por mais de uma vez quisera dar cabo de si, mas mesmo não sendo notado estimava por demais os que amava que logo lhe ia embora tal ideia. Tentara remediar, porém nem os mais altos alquimistas descobriram remédio para tal moléstia e com ímpeto de virar as páginas de sua vida avidamente para ir ter logo um final ainda que triste, mas deveras um final, pegara no sono, a luz acesa, ao lado da cama a prata fundida em punhal; resoluta, esperando apenas que uma mão sem governança lhe cravasse no peito matando enfim sua sede por sangue e concomitantemente deixando esvair a alma calejada da pobre carcaça não menos surrada.


sábado, 30 de junho de 2012

a vida não é muito senão tudo, somos nossos sonhos , vivemos nossas mentiras, magoando e sendo magoados. ainda assim a vida não é muito senão tudo, um par de chinelos de dedo, uma calça surrada, a velha camisa desbotada e já sem botão mas repleta de afeição e amor próprio revela muito mais do que parece. aquele velho refrão que faz lembrar e concomitantemente deságuam as lágrimas mais puras por querer voltar no tempo-espaço deste mesmo refrão. caminhamos carregamos e somos carregados ao passo de não sabermos onde e nem se queremos chegar.Todavia, mais difícil do que chegar; certamente é partir.

ainda...

Ainda sinto o cheiro da pólvora, e o estridente eco que reverbera em meus ouvidos...
Ainda sinto o gosto da vodka, mesmo não sendo filho da mãe Russia e estando tão longe dela...
Ainda sinto o peso do meu pesar pesando por sobre meus ombros, insanidade ou covardia...?
Ainda sinto que fiz querendo não fazê-lo...
Ainda ouço meu grito louco, rouco, pouco...
Ainda ...

quarta-feira, 27 de junho de 2012

Eu me vejo em você



Eu me vejo em você
Por isso nosso amor é tão real e verdadeiro
Quando fazemos amor alcanço o infinito
Seu corpo meu refugio; recanto de paz
E os arrepios e delírios que me provocas
Nunca dantes senti
Seu corpo minha alma; nossos corações
Batidas uníssonas; cadência perfeita
Seu toque me eleva
Seu beijo me enlouquece
Seu amor amor me faz
Estar com você e só à paz de estar junto a ti
Faz com que eu deite essas simples palavras
Na busca por encontra léxicos
Que consigam adjetivar
Meu amor por você
Seus olhos; espelhos d’água
Reflete bem mais que a luz do sol
Teu abraço conforto e desejo
Teu gosto teu perfume
Em mim agora e pra sempre

Abocanhando, abalroando
Branco, bicolor
Coração, consternado
Delírio desolado
Estranho em transe
Fraqueza franca
Grandiosamente grotesco
Hermeticamente hostil
Ingenuamente inerte
Jaz jogado
Languida lua
Modestamente mesquinho
Notoriamente nulo
Orgulhosamente obsoleto
Plumas pungentes
Quiproquó quimérico
Razoavelmente ruim
Solitariamente soturno
Taciturnamente transtornado
Usurário usual
Vitoriosamente vencido
Xucramente xexelento
Zé-ninguém zureta

Noite após dia



Esse rancor rançoso
Que radia de meu peito
Anos de solidão me tornaram ausente em sentimento
Desde o inicio foi meu fim que vislumbrei primeiro
As batidas descompassadas incompreendidas
E o sermão que me proferem
Só me tornam mais estático
Este auto-desprezo me é suficiente
Crescera em mim dia após noite
Esse vírus em mim taciturno
Não me lembro se algum dia fora feliz
Ausência de infância, ausência de carinho
Retirado em conta-gotas
Tornara-me esse monstro invisível
Ranhuras no corpo e alma
Minha fala já sem fala
Grita emudecidamente em meus ouvidos
Por que ainda estou vivo sem estar?
Não, ninguém seria capaz de entender
Um coração faltoso aos olhos do mundo
Mas só eu sei a falta que não me faço
E todo esse embaraço, deitado em minha cama
Noite após dia