Voltando
as raízes de um Ceará que me corre apenas nas veias e nunca me percorrera os
pés, pego dessa aguardente benfeita, benévola, condescendente que me embriaga
carrega e leva minha alma a passear por este deserto de minha vida. Não menos
que sinto é o que escrevo em tortas linhas aos olhos que predizem desatentos despercebidos
passeando uma vida inteira de malogrados passos em falso, cadafalso que burlo
todo dia que insiste em ter minha alma fora de minha ignóbil, contudo; surrada
carcaça, ao passo de enfrentar demônios diários em pelejas áridas com falta de
água menos de sangue, sangue o mesmo que me infla as artérias a fim de fazer
pulsar o músculo em meu peito que se desfaz em dor, mas refaz o amor todo dia ao
deitar e levantar. Pode até faltar compreensão só não falta à verossimilhança e
a força com que dito estes vocábulos aos ventos na espera que encontrem ouvidos
rejeitados a entender tal enigma. Nem mesmo sei se valha algum átimo de tempo
desprender e empregar tanto tempo em tal empresa que por premissa já nascera
desmantelada calidamente falida, tiro então das ranhuras de minha alma a raspa
que falta para me fechar a cova aberta em campo de outros, pois de terra nada
tenho que não toda terra que há! Por falta de carimbos e reconhecimento de mim
e de tantos outros iguais a mim é o motivo pelo qual sofro resoluto, resignado
a aguentar sem poder tanto açoite de quem nada faz, mas tudo tem. Herói sem
capa trabalhador sem paga Macunaíma contemporâneo, porém com caráter; o meu
somado ao dele, quiçá mais feliz seria se herdado também tivesse sua falta de
caráter! Deixemos de lado essa pagina e
voltemos; 2012! Quem dera ter sido ter tido ter feito o que queria quando não
tinha e faltado dizer quando em posse minha tivesse o que sempre me faltara;
justiça! Não peço nunca quisera muito somente ver felizes meus iguais em agonia
e alegria, nunca entenderiam se houvessem nunca diriam, pois dizer só quem sabe
que falar já o é então tudo!
filmes
- um estranho no ninho
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segunda-feira, 16 de julho de 2012
sábado, 14 de julho de 2012
O Malogro
O
malogro dos acontecimentos é que torna a voz um tanto quanto áspera. Contava
alguns anos do mesmo pesar e sofrer chegara a desconfiar mesmo se a justiça se
fazia cega ou por se enxergar é que era tão injusta ao passo de que tantos
episódios ruins findassem nunca. Antes e depois pra sempre e agora isso era o
que alimentava-lhe a alma já tão vazia de calma.Adormecer de fato sem nada
sonhar ou pensar era seu único desejo porém com o fechar das pálpebras
vinha-lhe logo o mesmo sonho enfadonho, dissipar-lhe o pouco de sossego que
tinha, Qual sossego! A mesma impotência de sempre “gigante pela própria
natureza”, sentia-se assim desde quando se deu por gente ou como gostava de
mencionar “ uma carcaça cheia do vazio dos outros”, não conseguira nunca
compreender nem mesmo ser compreendido dilemas diários eternos, condescendentes
e o mesmo devaneio de sempre lhe visitara a pedir de uma vez a alma vexada e
cansada da pobre carcaça. Contudo amava por demais e ainda mais um tanto tudo o
que tinha, sentia que não era notado, mas por demais lhe doer externar sentimentos então
guardava-os consigo e isso era toda sua essência; um eremita contemporâneo. Continha
às lágrimas publicas para então derramá-las em sua concha, não havia de
perturbar outrem com suas míseras gotículas salgadas, essa penitência lhe era
tão sua que já o fazia tão inconsciente quanto lhe era inconsciente respirar.
Por mais de uma vez quisera dar cabo de si, mas mesmo não sendo notado estimava
por demais os que amava que logo lhe ia embora tal ideia. Tentara remediar,
porém nem os mais altos alquimistas descobriram remédio para tal moléstia e com
ímpeto de virar as páginas de sua vida avidamente para ir ter logo um final
ainda que triste, mas deveras um final, pegara no sono, a luz acesa, ao lado da
cama a prata fundida em punhal; resoluta, esperando apenas que uma mão sem
governança lhe cravasse no peito matando enfim sua sede por sangue e
concomitantemente deixando esvair a alma calejada da pobre carcaça não menos
surrada.
sábado, 30 de junho de 2012
a vida não é muito senão tudo, somos nossos sonhos , vivemos nossas mentiras, magoando e sendo magoados. ainda assim a vida não é muito senão tudo, um par de chinelos de dedo, uma calça surrada, a velha camisa desbotada e já sem botão mas repleta de afeição e amor próprio revela muito mais do que parece. aquele velho refrão que faz lembrar e concomitantemente deságuam as lágrimas mais puras por querer voltar no tempo-espaço deste mesmo refrão. caminhamos carregamos e somos carregados ao passo de não sabermos onde e nem se queremos chegar.Todavia, mais difícil do que chegar; certamente é partir.
ainda...
Ainda sinto o cheiro da pólvora, e o estridente eco que reverbera em meus ouvidos...
Ainda sinto o gosto da vodka, mesmo não sendo filho da mãe Russia e estando tão longe dela...
Ainda sinto o peso do meu pesar pesando por sobre meus ombros, insanidade ou covardia...?
Ainda sinto que fiz querendo não fazê-lo...
Ainda ouço meu grito louco, rouco, pouco...
Ainda ...
Ainda sinto o gosto da vodka, mesmo não sendo filho da mãe Russia e estando tão longe dela...
Ainda sinto o peso do meu pesar pesando por sobre meus ombros, insanidade ou covardia...?
Ainda sinto que fiz querendo não fazê-lo...
Ainda ouço meu grito louco, rouco, pouco...
Ainda ...
quarta-feira, 27 de junho de 2012
Eu me vejo em você
Eu me vejo em você
Por isso nosso amor é
tão real e verdadeiro
Quando fazemos amor
alcanço o infinito
Seu corpo meu refugio;
recanto de paz
E os arrepios e
delírios que me provocas
Nunca dantes senti
Seu corpo minha alma;
nossos corações
Batidas uníssonas;
cadência perfeita
Seu toque me eleva
Seu beijo me enlouquece
Seu amor amor me faz
Estar com você e só à
paz de estar junto a ti
Faz com que eu deite
essas simples palavras
Na busca por encontra
léxicos
Que consigam adjetivar
Meu amor por você
Seus olhos; espelhos
d’água
Reflete bem mais que a
luz do sol
Teu abraço conforto e
desejo
Teu gosto teu perfume
Em mim agora e pra
sempre
Abocanhando, abalroando
Branco, bicolor
Coração, consternado
Delírio desolado
Estranho em transe
Fraqueza franca
Grandiosamente grotesco
Hermeticamente hostil
Ingenuamente inerte
Jaz jogado
Languida lua
Modestamente mesquinho
Notoriamente nulo
Orgulhosamente obsoleto
Plumas pungentes
Quiproquó quimérico
Razoavelmente ruim
Solitariamente soturno
Taciturnamente
transtornado
Usurário usual
Vitoriosamente vencido
Xucramente xexelento
Zé-ninguém zureta
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